terça-feira, 24 de julho de 2012

Surtos

Em meio a reclamações e constantes insatisfações de pessoas a seu redor, houve uma epifania, além de se ver mais inspirado sozinho, começou a encontrar uma fé na arte, na arte que sempre procurou.
Por lamurias que se via entregue a meses, chegou a implorar para um Deus acima, a oportunidade de lhe mostrar o caminho a ser seguido e não que acreditasse que seria fácil, mas acreditava que era preciso....

Sua primeira pintura seria: Um casal sem rosto, lado a lado, ela claramente renascentista, apaixonada, frágil e encantada e ele por sua vez claramente atual, contemporâneo, agarrando-a com a ferocidade da necessidade moderna, em um parque, pelo dia, composição simples.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Quando tu volta nos pensamentos e vê como as coisas acontecem, você simplesmente não consegue mais parar de pensar o porque, ou de se maravilhar como tudo aconteceu...

As coisas são mais fáceis de se esquecer, quando postas em um papel, quando escritas, de uma maneira que eu vá ler e me recordar de cada sensação, cada emoção, cada pequeno momento que passou e por um segundo eu vá curtir, vá sentir a felicidade que senti naquele momento...

Ela, essa pessoa, entrou na minha vida, da maneira mais inusitada possível, no dia mais controverso e eu vou confessar a mim mesmo, que por mais incrível que desde antes de conhece-la, eu já a achasse...eu não queria, não queria beijar ela, não queria fazer o que fiz, não que houvesse morrido meu desejo hétero, mas simplesmente não achei que fosse certo caso acontecesse e deixei minha noite seguir com esse pensamento...

Algumas piadas foram feitas, uma troca de sorrisos e atitudes, uma madrugada inteira, bêbados, conversando sobre nossas vidas, nossos problemas, com uma facilidade difícil de encontrar, o desejo carnal ali, se adiando por motivos de força maior, mas duas pessoas, estranhas uma para a outra, se descobrindo....essa sensação é tão gostosa quando se há qualquer tipo de intensividade....

O dia nasceu, não seria diferente, dois estranhos, agora sóbrios e enjoados, presos entre quatro paredes vazias e se perguntando, ele ao menos, como diabos se seguiria o dia, por um minuto parou para observar aquela pessoa, que por dois anos ansiou ter coragem para trocar um simples "oi" nos corredores da faculdade....mas faltavam-lhe culhões e agora ela estava ali, deitada e indefesa, sua camisa de prisão e sua calcinha, torneavam ainda mais as curvas e revelavam as tatuagens, que ele já conhecia de vista, mas tão próximas agora, tão próximas...

Parecia um sonho, um sonho errado, tanta coisa ele pensará que haveria de explicar, não a si mesmo, mas a todos que não entenderiam aquela situação, mas não conseguia focar nisso, seus olhos a devoravam, um sentimento já conhecido por ele, mas era diferente, havia algo diferente nessa situação toda, "- Tá tudo errado.", disse ele, em voz baixa.

Deixo-a, dormindo, mas estava incomodado, não era uma situação previsível, não que ele não a quisesse, só não sabia explicar...foi pegar um ar, tentou comer algo mas o estomago ainda avisava que não teria esquecido a noite anterior tão facilmente quanto ele...desistiu disso, pegou seu livro, subiu ao quarto e lá estava ela, enrolada em suas cobertas, parecia uma miragem, um oasis e ele estava sedento de sede...

Acreditando no que via, não queria, mas acordou ela, convencendo-a logo em seguida a deitar novamente e dormir mais um pouco, ficou pacientemente, como uma pedra, esperando para que ela estivesse um pouco mais descansada, iriam conversar assim que ela acordasse e dessa maneira decidir qual seria o próximo passo, sabia ele que podia vir a ser bem complicado, mas sem querer apressar as coisas, deu um sorriso olhando para aquelas belas pernas e voltou a ler...

Ela acordava novamente, insistiam em ficar olhando um no rosto do outro, conversando, decidindo o que viria a ser, mas ele, ainda tinha uma sensação ruim dentro de si, que logo iria vir a ser dissipada com aquela vislumbrante imagem d'ela, ali, beijando-o, subindo em cima dele, e mais nada viria a passar na cabeça dele pelos seguintes momentos.

Ele sabia, veemente, que deveria esquecer todos esses momentos e lembrar das boas coisas e assim ele fez, em um pedaço, borrado, de papel...seguiu seu ritual, colocou seu velho copo com gelo, acendeu um cigarro e apagou as luzes que ainda incomodavam os olhos...


terça-feira, 15 de março de 2011

waking up and listen to

"I've seen love dies, way too many times, when it deserves to feel alive.."

faz mal!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Vida, essa não é exatamente a concepção de uma, só um pensamento perdido, as certezas que temos são mudadas diariamente e cada vez a verdade ou o futuro se torna mais escuro, dizer que nunca vai deixar de amar alguém é uma mera utopia, utopia de uma verdade muito maior, de um desejo, passageiro.
Afinal, o que seriamos de nós se não estivéssemos em constante mudança, uma eterna mudança em sentindo de um futuro traçado, no qual tentamos resistir e lutar, mas acabamos presos a ele.
Espero veemente que eu esteja errado, veemente, mas estou feliz em dizer que meu destino agora é outro e até quando será, eu não sei, mas aceitarei, sem mais lutar.

O futuro sempre nos reserva grandes coisas, não insista em lutar contra.

PS: Viver sobre o mesmo teto com qualquer pessoa, faz palavras como "eu te amo" sairem mais facilmente ou não.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Choraria um mês inteiro, lembrando das maravilhosas e rubras sensações que tive ao seu lado, foi minha melhor amiga e de longe meu maior amor, está agora, em algum lugar, feliz e espero que esteja por nós dois, nenhuma outra te substituirá, nunca.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

"Sometimes you need to knock yourself out to understand what the fuck is happening."

A pressão que se é feita nos dias de hoje não é consciente, são tantas pressões, feitas por tantas coisas diferentes e até mesmo por tantas pessoas, a pessoa que se diz, funcionar melhor em pressão, na verdade, é aquela que aprendeu a não se preocupar tanto e enxergar, que por mais preta que esteja a situação, ela tem uma saída, ela tem que ter.
Pois quando se cria a consciênca que estar perdido é o mais próximo de se achar, você entende que as pressões são pessoais e o maior medo que se tem é de sermos nós mesmos, de não saber como encarar a verdade e muito menos a mentira, não entender como funcionam as coisas e não procurar se importar também.

(edit)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

"She's not anyone."
Essas palavras ecoavam em sua cabeça como um pêndulo de um relógio antigo, que insistir em badalar. Piscava, refletia e repensava tudo que deveria fazer, insatisfeito com as decisões que tomará, poderia ter feito tudo ser infinitamente mais fácil, mas a situação atual não entraria em sua cabeça por nada.
Por mais mente aberta que fosse, certas coisas nunca fariam sentido para ele, mas já que não seria tua hora agora, não teria motivos para esquentar a cabeça, respirava fundo, tomava sua rasa taça de vinho e pensava mais.
A sua flor, já não era mais dele, o seu antigo amor, era compartilhado.
Isso afetará seu ego, mas não seu orgulho, poderia sim acreditar em um fim melhor, mas por agora preferiria crer que as pontes estavam queimadas e que ele haveria de encontrar alguém, alguém especial e incrível, esse alguém preencheria seu vazio, passariam suas tardes livres juntos e seriam capazes de um amor simples e puro, simples.
Ele mesmo não acreditava no valor dessa palavra, simples, tudo parecia sempre tão complicado, sempre tão difícil, mas tinha fé, pouca ainda, que o que era para ser único e exclusivamente 'ele, estava guardado, a sua espera.