domingo, 20 de junho de 2010

Ele chegou na casa dela, feliz, mesmo sabendo qual seria o final daquilo
Em sua porta ele bateu, nervoso
-Oi
Foi o que ele conseguiu dizer, antes de ficar bobo com um beijo, surpreso mas feliz, sempre apaixonado em como a perna esquerda dela subia sempre e ela ficava na ponta dos pés, apenas para alcançar ele
Ela puxou um pouco o short, que havia subido com sua leve inclinada
-Estou fazendo o almoço, se não se importar de me ajudar
Disse ela, sorrindo...

Entrou ele, meio nervoso, como se as cornetas não atrapalhassem nem um segundo daquele momento, era como se não estivessem ali
-Tá sozinha?
Perguntou ele, estranhando o silencio que estava

-Sim, pessoal foi ver o jogo no bar, depois vai sair pra comemorar
Disse ela meio sem graça

-Comemorar?!
Disse ele, e ambos riram, essas piadinhas sempre fizeram parte de ambos

Na cozinha, ele dominou, como já estava acostumado a fazer, ambos sabiam que ele era definitivamente melhor que ela nisso..
Mesmo encantando ainda, com os detalhes de cada centímetro do corpo dela, o detalhismo dele ainda era impecável, notou uma coisa, que se faria surpresa ao longo do almoço, e ela ali, perdida, mas com o sorriso mais lindo do mundo, olhando para ele, ambos brincaram, voltaram tópicos, resolveram problemas, definiram que o passado foi o mais prejudicial, mas pouco importava agora, ainda sorrindo, ela almoçava enquanto ele fazia uma surpresa..
Tópicos discutidos, surpresa feita, o doce favorito de ambos, ela comeria mais tarde, sozinha
Foram a sala, escolheram seu filme favorito, era terrível e catastrófico, como o gosto de ambos era o mesmo até no dia de hoje, cornetas anunciavam algo, mas ambos continuavam a rir apenas, do que já era uma piadinha gostosa..
O filme se desenvolveu, e ambos também, o que era uma tarde gostosa, apesar de quente, aproveitaram o sabor um do outro, uma vez mais, e terminaram, como sempre
Abraçados, ela encolhida em seu braço como uma criança que ronrona pedindo cafuné, ele se sentindo o dono do mundo, do mundo dela, o que era o mais importante ao final, cantou ele apenas um trecho para que a fizesse cochilar um pouco e assim faze-lo permitir uma lágrima fujona correr..
Ela acorda, meio distante, pega o lençol e arrasta consigo, eles brincam, ela sai, a luz reflete seu corpo, contrastante e perfeitamente torneado, adornado, ele se permitiu outra lágrima fujona, escapar..
Ela foi tomar um banho, enquanto ele checava a surpresa, o banheiro, perto da cozinha, permitia ouvi-la cantar, ocasionalmente, ele tinha a impressão de ouvir um choro, abafado, mas podia ser sua cabeça lhe pregando peças, cornetas novamente anunciavam algo, e novamente eles riam, como uma piada perfeita, que morreria ali..
Ao sair do banho, ele a abraçou, seu perfume era sem dúvida, o primeiro aspecto dela que o encantara, e ficaria ali, guardado, para sempre em sua memória
E ela sabia, e adorava, como ele a abraçava por trás só para sentir o perfume em seu pescoço...
Ficaram um tempo mais juntos, não aconteceria de novo..
Ele a abraçara, uma ultima vez sentira seu perfume e a beijara, longa e dolorosamente
Ela, na ponta dos pés novamente, com sua perna levantada e tudo aquilo que o encantava em um conjunto só, ele fez uma pergunta:

-E vai sair agora?
-Não, ficar o domingo em casa
-Colocou o perfume então?
-Pra você..

Ele beijou ela, forte e a lágrima já não era mais fujona
Ambos viraram as costas, sem dizer um adeus, ou até logo, ambos choraram
Todos na rua comemoravam a provável vitória do Brasil, mas ambos choravam, sem suas piadas..

[Edit:] E só agora, hoje, ele entendeu, como o amor e o ódio, realmente andam de mãos dadas

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